Uma versão minha do Álvaro de Campos:
"Não quero nada.
Já falei que não quero nada."
Querem-me um príncipe dos modos,
Querem enfiar-me um crucifixo
goela abaixo, empalando o meu pensamento.
Tirem os balões da sala!
Não quero mais as sobras
Mas também nunca quis o prato cheio!
Parem de me impor a razão,
se não têm nenhuma!
Ou quando tem, entra em contradição.
Não estou desinteressado,
apenas não estou aberto.
Quero ser eu e mais nada.
Por quê querem me fazer o que não sou?