Portanto, devo ser um ateu não-praticante ou um cristão sem fé.
O propósito de minha vida, não tenho certeza. E, talvez, me conforta saber que alguém, além de mim, de minha própria existência, tenha um plano providencial.
Mas, não tenho certeza da existência metafísica e de que a minha alma é mesmo uma verdade. Ou mesmo se há a física, para ter que separarmos o que podemos e o que não podemos entender...
O meu fim é a morte, de qualquer forma. E, quando morrer, não sei te convencer que nunca mais vou existir ou que continuarei existindo só que de uma outra forma. Sei te dizer, hoje, que as duas possibilidades aterram-me.
Não saberei te dizer se quando meu corpo padeceu, a minha alma saiu ou que alguém veio me buscar. Não terei contato com isso. O meu corpo será passado, museu da minha vida. A minha alma será a lembrança dos poucos que convivi. Ou o contrário, o museu da minha é o meu corpo e a lembrança dos poucos é a minha alma.
Na verdade, nunca morri ou tive uma experiência sobrenatural. Não quero nenhuma das duas.