Pois, digo que as duas possibilidades separadamente definidas como objetivo, para mim, são impossíveis. Não há tempo de pegar todas e muito menos de fazer apenas uma só pessoa feliz. Geralmente, porque quando deixo uma feliz, o mundo todo ao redor fica feliz. E quando consigo pegar todas, certamente, deixarei pelo menos uma pessoa feliz a vida inteira, por pura possibilidade aritmética.
Assim como soa muito carente uma pessoa depende de outra para ser feliz uma vida inteira. Da mesma forma, que é muito carente a pessoa ter que ter todas as outras pessoas...
Para mim, são objetivos, portanto, inalcançáveis.
Ademais, parece ser o objetivo de todos. Fazer alguém feliz a vida inteira e também deixar todos que lhe conhecem feliz, uma coisa por causa da outra e a outra por causa de uma. Ou nenhuma das duas, que é o mais provável que aconteça.
E uma vida inteira pode ser um dia, um mês, dois anos ou um século. Mas, também uma vida pode não ser uma vida, se eu não conseguir fazer alguém feliz nem que seja por três minutos.
Tenho 36 anos e posso considerar que vivi uma vida inteira. Já conheço uma pessoa que nem existe mais e ainda me deixa feliz ou me deixou. Até hoje, quando lembro-me dela, eu estou feliz. Ou quando estou feliz, lembro-me dela.
Sou, na verdade, a impossibilidade ou a teimosia das duas propostas.
Sem comentários:
Enviar um comentário