O sujeito com a capa preta, outra vez, passa pela porta fechada. Pela porta. Sem abrir tampouco fechar a porta ainda fechada.
Coloca a mão branca e ossuda em cima do livro que leio. Pende-o para si. Encara-me e diz:
"Eu sou o que não existe."
Trago o livro de volta a mim e cheio de enfado, sem olhar para o sujeito atravessador de portas, digo:
"Existe sim, devolva a minha escova e da próxima vez, ao menos, bata na porta, entre como alguém que existe de verdade."
Vi, por canto de olho, sair, outra vez, sem sequer mexer na porta.
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