sexta-feira, 6 de julho de 2012

Rasguei umas páginas

Fiquei hospitalizado nos últimos dias por conta de um risoto mal feito e comprimido.
Quando voltei para casa, aproveitei a recuperação e arrumei meu quarto. Achei uns cadernos, abri-os e iam lá umas teorias incompreensíveis, outras fórmulas matemáticas e uns mapas... tinha algumas frases soltas...
Rasguei algumas páginas e colei-as na parede. Havia uma que me intrigou e reproduzo aqui:
"Tenho ideias úteis, não sei quando, diz-me a professora que...
Mas, as tenho, segundo diz-me a professora. Eu nunca achei isso. Ela disse-me, ainda hoje, que tenho ideias úteis e criativas... busquei na memória alguma... não achei. Cheguei a conclusão que devo escrevê-las."
"Tenho segredos, como todo homem os tem.
O homem que não tem segredos, não o é,
nem homem nem segredo, é apenas uma existência
sem significado.
O problema dos meus segredos
é que nunca vou contá-los enquanto vivo estiver.
E de que me vale ir à cova sem descobrirem-nos?
Não carece.
Tenho segredos, alguns infantis,
alguns juvenis
e outros imbecis,
como todo homem os tem.
E que leva ao túmulo junto dele."

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