quarta-feira, 20 de julho de 2011

No mundo dos deuses

Eu estou mareado. É verão na Índia!

Eu não quero a vida eterna. A vida dentro de um reino é de me dar arrepios. Aliás, um rei é sempre um tirano. É preciso um corpo diretivo pra que ele não caia na armadilha de suas próprias virtudes, como todo poder que há, cega...
Se tiver que reviver todo o meu passado, não quero. Gosto da vida assim. Com um fim, da mesma forma do início, que não sei quando é.
Ah. Não quero ter que prestar contas do que fiz neste mundo ou ser julgado por isso, depois de vivo. Quando eu estiver morto, quero estar morto.
Acredito que não faço parte de um plano, pois se um dia descubro que faço, farei algo pra desfazê-lo. A minha natureza é teimosa.
Devo estar cego ou o mar deixou-me enjoado, é isso que digo...
Quero estar vivo enquanto estou.
Quero poder amar todos, mas sempre tenho quem não gosto também. Nada meu dura pra sempre, nem minha vida.
Já perdoei alguns que, de alguma forma, me fizeram algum mal. Teve outros que deixei de falar, acreditei não valer a pena.
Teve outras situações que o mal fui eu e nem pedi desculpas. Em outras, pensei estar sendo bom, quando fui justamente o contrário.
Não quero confessar tudo que fiz errado e nem quem acho ter magoado.
Eu, vendo esse mar de gente, começo a concluir que nunca vou explicar o sentido da vida dela toda. E isso não me incomoda mais.
A vida não se explica...é vivida.

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