domingo, 3 de junho de 2012

Hiroshima

Conheceu, então, um sujeito que quis acabar o mundo com uma assinatura. O comandante geral das forças, quase comovido, recebia a ordem nas mãos. Incrédulo. Estarrecido. Pegou o telefone que lhe dava a comunicação direta com a aeronave, assim que obteve sinal, disse, em tom profundo:
- Solte o menininho.
O piloto, que já havia relutado em pilotar, não contestou. Apenas respondeu:
- Copiado.
A azeitona preta, como se via no horizonte, caiu do avião. De longe, parecia tão leve a queda até tocar o solo e um cogumelo de fumaça subir. Bastou uma bomba. E quantas precisavam?

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