segunda-feira, 10 de outubro de 2011

O futuro

Outro dia, perguntaram-me quando me casaria e quantos filhos queria. Não consegui responder nenhuma.
À primeira vista, parece depender muito mais de mim do que qualquer outra coisa. Mas, pareço esperar - como me dizem que pareço esperar - a minha favorita chegar...
Não chego a concordar, nem a discordar completamente. Chegado agora, este dia, não consigo ver-me um marido ou um pai de família. Sequer ao menos pareço almejar.
De ver uma ou duas crianças gritando no quintal ou uma mulher com quem envelheço junto. Compartilhando cada conquista e lamentando cada derrota. Não vejo.
De repente, vejo-me sem resposta direta, nem sendo uma daquelas utópicas. Uma daquelas que me fazem contar o que não acontece e tem-se a sensação de que, cedo ou trade, acontecerá. Não, não. Neste momento da minha vida, este sonho, este fim, esta vontade indomável dos homens de minha idade, não aparece em mim da forma que aparecia quando tinha vinte e poucos anos...
Não, não. Não agora.

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